A casa que habito
As crenças inconscientes, semelhantes a alicerces invisíveis, sustentam nossa percepção de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. (Click para Ler)
Lic. Noelia Dalbert
5/7/20252 min ler
Nossa rotina diária e a maneira como nos relacionamos são um reflexo da casa interior que habitamos. Nós moldamos nossas vidas com base em nossas crenças inconscientes, que, como os alicerces invisíveis de uma casa, determinam sua forma e seu estado de "saúde". Essa é a nossa estrutura psíquica e está formada por nossas crenças inconscientes sobre "quem sou eu", "que lugar eu ocupo na minha família/no mundo", "como são as pessoas", "como é o mundo". Essa estrutura é necessária e é o que torna cada um de nós uma pessoa radicalmente única e irrepetível e, portanto, preciosa. Entretanto, algumas partes da nossa estrutura podem nos levar a sentir, em determinado momento ou situação, que, em vez de um lar, estou vivendo numa prisão. Isso pode se manifestar de várias maneiras, desde sentir-se vazio mesmo quando "nada me falta", até sentir ansiedade, medo, raiva, frustração, claustrofobia ou até mesmo se encontrar em situações que se repetem inúmeras vezes, sem conseguir evitá-las.
Não vamos julgar aquilo como "ruim" ou "bom". Sim, acho importante entender que a saúde mental, assim como a saúde física, pode passar por altos e baixos e precisa ser cuidada. Cada um de nós, com nossa estrutura, enfrenta mudanças e desafios. Estas manifestam-se por vezes sob a forma de grandes catástrofes; Outras vezes, é difícil acompanhar as mudanças, porque nosso ambiente as torna invisíveis, embora no mais profundo do nosso ser percebamos que "algo está faltando, embora eu não saiba o quê". Estamos expostos aos golpes da realidade, e estes podem danificar partes que antes eram saudáveis, ou bem, reabrir feridas que estavam lá embora não as percebêssemos.
Convido você com este pequeno texto a refletir sobre o mundo (interno) que você está habitando.
Como você está se relacionando? O que te deixa com raiva? O quanto você consegue validar sua raiva, frustrações, tristezas, alegrias, triunfos? O quanto você se critica? Você consegue discernir quando algo é sua responsabilidade e quando não é? Você se critica e se pune por coisas que não são de sua responsabilidade? Você acha que é excessivamente severo ou exigente consigo mesmo?
A experiência da dor, mesmo que desagradável, abre as portas para o crescimento e a evolução pessoal, se nos permitirmos navegar por ela e deixar que ela nos transforme.
Lic. Noelia Dalbert
Meu Consultório
Villa Urquiza - CABA
ARGENTINA
Lic. Noelia Dalbert. Psicóloga. MN74832